quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Modelos atômicos

Um modelo surge para tentar explicar algo. Mas ressalte-se que todo modelo é falho. Modelo é apenas uma forma de melhor representar. É uma forma muito dinâmica. Qualquer nova experiência derruba um modelo e já abre hipóteses para um próximo. Mesmo sendo invalidado, um modelo não cai totalmente no esquecimento, ele é apenas aperfeiçoado e sempre carrega suas principais contribuições.

A idéia mais primitiva de átomo é muito mais filosófica do que química. Surge em 400 a.C com os filósofos Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera afirmando que poderíamos dividir a matéria em partículas menores até chegarmos em um estágio que essas seriam indivisíveis e por isso foram chamadas átomos (termo que significa indivisíveis em grego).

Até o século XX, a ciência caminhava a passos curtos. Prova disso é o tempo que o modelo de Leucipo e Demócrito foi aceito e não foi contestado ou melhorado. Somente no início do século XIX, o professor John Dalton propôs uma nova teoria atômica baseada no modelo anterior e principalmente nas leis ponderais (Lei da conservação das massas de Lavoisier, Lei das proporções definidas de Proust e Lei das proporções múltiplas de Dalton). Segundo ele, o átomo seria uma bolinha maciça, indivisível, indestrutível e imutável. Costuma-se associar o modelo atômico de Dalton com uma bola de bilhar. Para Dalton, as reações químicas seriam apenas um rearranjo de átomos. Fato comprovado pela lei da conservação das massas, já que não se tinha conhecimento sobre a radioatividade.

A principal contribuição do modelo de Dalton, além de ter sido pioneiro e ter inaugurado as teorias atômicas, é a sua didaticidade e facilidade de representação, usado inclusive até hoje nos vestibulares para representar o átomo. O evento que derrubou o modelo atômico de Dalton foi a descoberta da eletricidade.

                              Bola de bilhar: Modelo atômico de Dalton

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